O que Jesus pregou?
Na última postagem falamos que Jesus pregou arrependimento e a aproximação do Reino de Deus. No final do capítulo 4 de Mateus, diz que Jesus foi por toda a Galiléia pregando as boas novas do Reino; e a partir do capítulo 5 até o capítulo 7, temos uma seqüência de sermões conhecida como “Sermão do monte”. O sermão de Jesus começa com as bem-aventuranças, um texto considerado por todos como maravilhoso de ser lido; mas até que ponto estamos dispostos a vivê-lo?
“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.
Bem aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
Bem aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas antes de vocês.” (Mt 5:3-12)
Segundo os comentários da Bíblia de Estudos NVI, o termo “bem-aventurados” diz respeito a alguém que é mais que feliz, refere-se aqui ao bem estar máximo e a alegria espiritual exclusiva dos que tem parte na salvação do Reino de Deus. Mas o quanto a pregação de Jesus se difere do que estamos ouvindo hoje?
Não é que para pertencer ao Reino dos céus, eu tenho que ser pobre em espírito? O que Jesus quis dizer com isso? Os pobres em espírito são aqueles que não se orgulham de sua espiritualidade e que são dependentes o tempo todo da graça de Deus. Não se valem de suas praticas religiosas e de suas rigorosas regras de santidade, onde outros são postos por inferiores e menos espirituais.
Não é que para pertencer ao Reino de Deus eu tenho que ser manso, ou humilde, que eu tenho que ter fome e sede de justiça? Não é que eu tenho que ser misericordioso e puro de coração? Não é que eu tenho que ser pacificador e até ser perseguido por causa do evangelho?
O que temos ouvido em nossas igrejas hoje? Será que Jesus seria convidado para pregar em um de nossos congressos? Seria o Senhor convidado para ministrar em uma de nossas conferências proféticas?
Na seqüência do sermão, Jesus diz que devemos amar os nossos inimigos e que não devemos esperar recompensas nesta vida por fazermos caridades, e que também não devemos tocar trombetas diante das pessoas a fim de sermos honrados pelos homens. Nos ensina a orar em secreto e a falarmos ao Pai sobre as nossas necessidades diárias. Nos orienta a jejuarmos também em secreto, como atitude de piedade e não de exibicionismo espiritual, e olha que benção! Jesus nos ensina não acumular tesouros na terra onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões roubam. Ele aconselha: “Acumulem para vocês tesouros nos céus, onde as traças e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração.” (Mt 6: 20,21)
O sermão do monte continua e Jesus agora prega sobre as preocupações da vida. “Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber, nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir”. Jesus prega sobre um Pai Celeste que sabe das necessidades que temos, que carinhosamente nos dá de graça tudo o que precisamos. Jesus não prega sobre um Deus que ao ser encostado na parede é obrigado a satisfazer os desejos de homens e mulheres que por que deram as suas ofertas são merecedores de ricas bênçãos.
Finalmente, O Senhor nos fala sobre a necessidade de tomarmos cuidado com os falsos profetas, que vêm vestidos de pele de ovelhas, mas são lobos devoradores, fala sobre duas portas e dois caminhos, uma larga e espaçosa por onde muitos entram e que leva a perdição, e outra estreita e de difícil acesso, mas que conduz à vida eterna. E encerra o conjunto de sermões falando sobre dois tipos de pessoas, a prudente que constrói a sua casa sobre a rocha, e a insensata que constrói a sua casa sobre a areia. Jesus quer que nós não apenas sejamos ouvintes (como os que constroem sobre a areia), mas também praticantes de tudo aquilo que temos ouvido do Senhor (esses semelhantes aos que constroem sobre a rocha).
O que foi mesmo que Jesus pregou?
Pr. Valdir
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